sexta-feira, 29 de junho de 2012

PREFÁCIO DO LIVRO

Por Vítor Carvalho Lara (1)

As relações humanas são preciosas oportunidades de aprendizado, principalmente no campo dos sentimentos. Desde a infância somos dependentes do “sentir”, em suas inúmeras apresentações. O seio de amor da mãe, o abraço do pai herói, as excitantes brincadeiras com os irmãos e amigos... E lá está nosso coração, como um jardim pronto para florescer as mais belas rosas, infelizmente sempre acompanhadas de espinhos.

É neste contexto de coloridas pétalas e dolorosas alfinetadas que cultivamos o amor e o ódio, sentimentos naturais ao grau de nossa atual evolução espiritual. Em minha experiência pessoal, como médico especialista em tratamento de câncer, tive a oportunidade de observar, empiricamente, vários casos de pacientes que referiam estar doentes devido a ódio, mágoa e rancor que carregavam em seu interior há tempos, como um veneno a intoxicá-los gradualmente.

Acredito que a medicina ainda não está pronta para descrever os mecanismos com que o estado psicoemocional é capaz de originar uma célula maligna, descontrolada e capaz de resultar na perda da vida corporal. Entretanto, a ciência caminha nesse sentido e assim como a maioria das pessoas que busca a felicidade já se conscientizou da importância de estar em paz e equilíbrio, em breve também a humanidade vai constatar que desfazer-se dos sentimentos ruins é também livrar-se de poderosos patógenos do corpo físico.

A presente obra é uma verdadeira orquestra a tocar no coração de cada leitor, onde o mesmo encontrará o doce som de vários instrumentos para compor a mais bela e libertadora música do seu próprio perdão. Que a leitura deste livro inspire e reforce a decisão firme por perdoar e, por mais estranho que possa parecer, meus parabéns a todos que aceitam seu imenso ódio, pois assim estarão vislumbrando realmente a magnífica grandeza do amor que são capazes de sentir.
Encerrando compartilho aqui um pensamento do grande médium brasileiro Francisco Cândido Xavier:
No meu ponto de vista, a virtude mais difícil de ser posta em prática é a do perdão: perdoar exige um esforço de auto-superação muito grande. Emmanuel me diz que quem aprende a perdoar tem caminho livre pela frente. Creio que, por este motivo, a derradeira lição de Jesus para a Humanidade foi a do perdão!... Ele a deixou por último, esperando o momento em que pudesse exemplificá-la,,,É claro que Ele se referia ao perdão em diversas oportunidades, mas, na hora da cruz, padecendo toda espécie de humilhação, o ensinamento do perdão foi gravado a fogo na consciência da Humanidade...Ninguém sofreu e perdoou como Ele!... O Espírito que adquirir a virtude do perdão não achará dificuldade em mais nada; haja o que houver, aconteça o que acontecer, ele saberá administrar a sua vida.”

(1) Vitor Carvalho Lara
Médico especialista em Radio-Oncologia
Pós-graduado pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês – São Paulo/SP
Coordenador do Serviço de Radio-Oncologia da Universidade Federal do Triângulo Mineiro – Uberaba/MG
Membro do corpo clínico do Centro de Radioterapia do Hospital Dr. Hélio Angotti – Uberaba/MG

Um comentário:

  1. Que prefácio lindo!
    Quero ler o livro o mais rapidamente possível. Parabéns a você Fernando e também ao Dr. Vitor, já meu conhecido através dos relatos de minha irmã Mara Ladeira que foi cuidada por ele. Que bela alma, quanta sensibilidade ao tratar com amor o sentimento que tanto nos faz sofrer. Receba meu desejo de sucesso, muito sucesso. Que ele venha pelo serviço de amor a nós outros que ainda albergamos mágoas no nosso coração.
    Abraço fraterno.
    Sandra Veloso

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